Experiência com a leitura e escrita

05/06/2013 14:13

 

Newton Mesquita, o arquiteto e artista plástico, deixa claro a relação da pintura com a literatura em sua vida. Se pudesse seria músico e escritor. Conheça mais sobre ele!!!!!
 
Ana Paula Miriani
                 

Newton Mesquita


Pintor

Da mesma forma como coloca sua alma nas imensas e maravilhosas telas que pinta, o arquiteto e artista plástico Newton Mesquita busca, na literatura, uma comunhão com o universo revelado pelo autor:

"Quando você vê um quadro e gosta muito, a sensação é a de que aquela imagem sempre esteve dentro de você. Com o texto é a mesma coisa: aquilo toca na sua essência e detona tantas ideias e fantasias que se torna parte de sua vida", explica.

A leitura e a música são fundamentais na vida desse prestigiado artista.

"Se eu pudesse ter mais duas profissões, gostaria de ser músico (já toquei piano em boates durante alguns anos) e de escrever muito bem, como o Rubem Fonseca".

Os livros me fascinam. Antigamente, quando eu era moleque, eles me pegavam pelas histórias, porque me davam a possibilidade de ir a outros países, conhecer outras civilizações, outras pessoas, ver como elas viveram, o que pensaram, descobriram e escreveram. Fui criado muito sozinho, e os livros eram meus companheiros. A leitura, nessa fase, é uma ginástica para a imaginação. Você fica imaginando os lugares, as situações, os personagens – alguns tornavam-se amigos íntimos meus. Meu filho se chama Pedro por causa do Pedrinho do Sítio do Pica-pau Amarelo.

Fonte: Depoimento feito ao site da Livraria Cultura em 2004.

 

Viajando com a leitura

         O primeiro livro que eu li foi "Zezinho, o dono da porquinha preta" da série vaga-lume. Lembro-me que fiquei fascinada com a história daquele menino e o seu amor pela porquinha e a partir daí me encantei pelo mundo da leitura, onde viajamos sem sair do lugar, compartilhamos de culturas diferentes, participamos da vida de outras pessoas e, às vezes, nos pegamos intervindo na história. Muitas vezes, ao concluir uma leitura, sentimos a necessidade de escrever e isso acontece comigo, simplesmente comentar o livro lido ou escrever um final diferente do que foi dado pelo autor. Acho que a leitura aguça a minha vontade de escrever e assim a imaginação começa a fluir. Não entendo como possam existir pessoas que não leem, mas se existem coisas que eu não gosto e há quem as adore -Carnaval, por exemplo - devo aceitar que alguns não tenham prazer em ler. A leitura é essencial na minha vida e queria ter o dom de escrever tão bem como os meus escritores favoritos.

Fonte: Depoimento de Andreia Alves Correia da Silva

 

Vivenciando o Prazer da leitura e da escrita

         A leitura e a escrita podem marcar a vida de uma pessoa de várias formas diferentes. Meu gosto pela leitura começou antes da minha alfabetização, quando meu avô contava suas histórias ou inventava aventuras da sua época juvenil e meu pai contava histórias inventadas por ele sobre reinos mágicos onde viviam princesas, que vivenciavam muitos desafios. Meu primeiro livro foi sobre os contos de fadas na versão da Disney, lembro-me que não me cansava de ler as histórias repetidas vezes. A escola onde estudei também incentivava muito a leitura de livros. Tínhamos a leitura obrigatória todo bimestre e havia uma biblioteca circulante em sala de aula, onde trocávamos livros com os colegas. Nessa época, li toda a coleção Vagalume, que era muito interessante.

         A minha alfabetização aconteceu em casa, portanto não me lembro de ter usada a cartilha, me recordo de ler tudo o que aparecia na minha frente, até as placas na rua. Também sempre gostei de ler histórias em quadrinhos, tinha uma coleção.

         Quanto a minha experiência de escrita, não foi muito diferente. Como lia muitos livros, gostava de criar histórias sobre várias coisas. Quando estava na 4ª série, tive duas histórias publicadas em um livro criado pela escola. Como toda menina, mantive um diário, onde desabafava sobre tudo o que ocorria durante meu dia. Nunca recebi nenhum incentivo direto da minha família para gostar de ler, nem mesmo presenciava meus familiares lendo qualquer coisa, mas fui me interessando pela leitura através das histórias contadas.

         Diante de todas essas experiências, vejo como é importante incentivar meus alunos para que se tornem leitores ávidos, mesmo que não possuam muitos livros em casa.

Fonte: Depoimento de Daniele Cristine Storti Martins